Este é uma extensão do meu 1º post, sobre o Fiat 147. Nele comentei que fiz uma viagem para praia com o carrinho, mais não aprofundei muito o assunto, hoje vou dar mais detalhes daquela viagem memorável.
Era uma manhã de sábado, eu estava no trabalho, minha produtividade era nula , apenas ficava olhando o relógio vendo as horas passarem, esperando que desse logo o meio dia e eu pudesse ir pra casa.
Minha sala estava vazia, durante a semana era cheia, mais no fim de semana poucos funcionários trabalhavam e eu estava sozinho, não estava a fim de fazer nada então nem liguei o computador, não acendi a luz e não abri as cortinas.
Sozinho no escuro me veio uma idéia...uma súbita vontade de ir para praia tomou conta de mim!,...começei a maquinar uma forma de ir pra lá imediatamente, já era quase meio dia e eu não terminaria o fim de semana em casa de jeito nenhum!
Mais haviam alguns obstáculos a superar, eu era recém casado na época, tinha um filho pequeno e nenhum dinheiro, só eu trabalhava em casa e o que eu tinha pra viajar eram uns 150 reais e um Fiat 147 que eu havia acabado de comprar.
Carros antigos as vezes não são confiáveis, mais o meu extrapolava, quase nenhuma das melhorias que eu comentei no 1º post eu havia feito até o momento e não seria agora que eu iria fazer, se eu gastasse alguma parte dos meus 150 reais não sobraria nada para viajar.
Fui até o estacionamento e passei a examinar o carro, refletindo se o mesmo teria condições de encarar uma viagem rápida.
Comecei examinando o óleo do motor, faltava meio litro então peguei um litro de 20w50 que tinha na loja, completei até encher e guardei o resto para completar na viagem.
Passei então para o sistema de arrefecimento o 147 possui um vaso de expansão, feito de plástico é lá que a água deve ser completada.
Caso exista algum vazamento no sistema também é recomendado repor a água diretamente no radiador, que tem uma tampa de ferro, mais no meu caso isso não era possível porque tal tampa enferrujou e se "fundiu" com o corpo do radiador, resolvi completar apenas o vaso de expansão e confiar que tudo estava certo no radiador.
Examinando o resto do carro notei que meu escapamento era visível pela lateral do carro, estando bem mais baixo do que deveria, de fato na cidade ele raspava em tudo, estava esperando ele cair pra colocar um novo, porém não daria pra viajar assim.
Voltei a minha sala e peguei uma porção de "enforca-gato" que eu tinha guardado, do mais grosso que tinha.
Enquanto eu reforçava o meu escapamento um outro desocupado que deveria estar trabalhando passou e disse: "-o enforca-gato vai derreter com o calor do escape!"...., - não tem problema, vou usar uns 50 destes, alguns vão derreter, outros ficarão!.., respondi.
Feitos os reparos no carro faltava abastecer, o litro da gasolina custava uns 2 reais na época, coloquei 50 reais e o ponteiro marcou tanque cheio, evidenciando que já devia ter alguma gasolina lá que o ponteiro não marcava.
Liguei pra casa e falei para minha mulher arrumar as coisas que a gente iria pra praia, ela pareceu não acreditar muito, mais resolvi não me estender na conversa. Precisava pensar onde nós dormiríamos quando chegássemos lá, já que não tínhamos muito dinheiro (agora só tinha 100..) e era dezembro, portanto poderia não ter vaga em lugar nenhum.
Lembrei que meu irmão tinha uma barraca de camping, então pensei que seria ótimo acampar na praia e ainda sairia de graça!...passei na casa dele no caminho e peguei a barraca, não comentei nada com meus pais, porque eles certamente seriam contra.
Cheguei em casa, falei pra mulher colocar as coisas no carro que eu queria curtir o mar ainda hoje, ela parecia não acreditar muito, mais na época ela era bem novinha, mais louca que eu e onde eu quisesse ir ela ía sem fazer muitas perguntas.
Comi um lanche em casa antes de sair, além disso peguei todas as bolachas, doces e salgadinhos que tinha em casa para não precisar comprar nada no caminho, olhei pro filho e ele estava de pijama, não daria tempo de vestir ele nem de dar banho, vai assim mesmo!.. às 13:30 estávamos prontos pra sair de casa!
Eu, o filho e o 147 prontos pra viagem, ainda estou com a camisa do trabalho e fui assim mesmo.
Entramos na estrada!.. uma emoção única, a 1ª vez que eu pegava estrada com um carro meu, a sensação de liberdade era incrível, afinal os carros foram criados pra isso e não para ficarem empacados no trânsito, a mulher ainda não acreditava muito e pensava que fosse mais uma das minhas brincadeiras e que eu pegaria um retorno em algum lugar, mais estava relaxada, ouvindo um CD do Armandinho, que é uma bosta mais tem tudo a ver com praia, eu havia escolhido as músicas estrategicamente para criar um clima, assim ela nem ia reclamar da barraca.
Enquanto ainda estamos nos limites da cidade a estrada é relativamente lisa, porém assim que saímos de Votorantim e entramos em Piedade o carro cai num degrau e a textura da pista muda, como se o carro andasse sobre a brita, preciso manter a velocidade por que os caminhões andam muito rápido nesse trecho, e o pequeno Fiat nem faria cócegas nos pneus deles.
Estávamos na estrada a 40 minutos, próximos a Tapiraí e podíamos avistar o início da serra, agora a mulher acreditava que estávamos indo pra praia, a visão da estrada adentrando a serra é empolgante!
Começava um pequeno chuvisco que nos acompanharia durante todo caminho, os pneus carecas estavam dando conta do recado então aumentei a velocidade, sem paradas vamos chegar o mais rápido possível!
Estava curtindo a estrada, fazia as curvas sem tirar o pé para manter o embalo e manter o câmbio apenas em 3ª e 4ª, já que o câmbio do 147 enrosca e perde tempo para engatar a 2ª.
A estrada estava inexplicavemente vazia, cruzamos quilômetros sem ver ninguém, a mulher estava empolgada pois começávamos a ver bananeiras e isso na mente dela significava que estávamos no caminho certo, quando às 15:40 avistei um rival de época do 147 à frente, um CORCEL GT
Vou pegar esse Corcel!, só havíamos nós 2 na estrada e comecei a caçar o corcelzinho, dois esportivos do final dos anos 70 na serra, cilindradas próximas, 1.3 litro. O motorista do Corcel percebeu minha intenções e começou a acelerar, o Corcel tem mais potência, mais o 147 tem mais estabilidade, o que importava mais naquele trecho de serra, dava tudo do Fiat e ultrapassei o GT, estava na velocidade máxima do 147, que naquela situação devia ser uns 80km/h.
O breve racha fez com que a serra passasse bem rápido, às 16:00 chegávamos em Juquiá, apenas 2 horas depois do início da viagem.
Parei num posto para ir ao banheiro e esfriar o motor, perguntei qual o caminho pra sair de lá e o frentista falou " Pegue a ponte depois da estátua do Pelé!", parece que o Pelé passou por lá e fizeram uma estátua para ele.
Me perdi um pouco por ficar procurando a estátua do pelé e não ver a ponte enorme a minha frente, mais achamos a ponte e pegamos um trechinho de rodovia, e um pedágio no valor de uns 4 reais.
Ás 17:00 horas chegamos em Iguape, finalmente podíamos ver o mar!, que sensação boa!
Barco em Iguape-Sp, voltei lá esse ano e este barco está destruído e vandalizado.
Pagamos mais um pedágio de uns 2 reais e atravessamos a ponte que dá acesso a Ilha Comprida, mesmo com a garoa abrimos todas as janelas para sentir o cheiro do mar, estava o dia mais cinza frio e chuvoso de todo mês de dezembro, mais estávamos inexplicávelmente felizes, no fundo até nós duvidávamos do Fiatzinho.
Achamos uma pousada bem barata, coisa de uns 50 reais pra 2 dias, e não precisamos usar a barraca, era bem simplezinha, mais não ficaríamos lá, só precisávamos de um lugar pra dormir, queríamos era o mar!
Será que tava frio?
Não tivemos surpresas na volta, apenas em um momento que eu errei o caminho e decidi voltar de ré em plena rodovia, afinal eu precisava poupar combustível, já que eu havia gasto todo o meu dinheiro na viagem.
Foram os 150 reais mais bem investidos em toda minha vida.
Liguei pra casa e falei para minha mulher arrumar as coisas que a gente iria pra praia, ela pareceu não acreditar muito, mais resolvi não me estender na conversa. Precisava pensar onde nós dormiríamos quando chegássemos lá, já que não tínhamos muito dinheiro (agora só tinha 100..) e era dezembro, portanto poderia não ter vaga em lugar nenhum.
Lembrei que meu irmão tinha uma barraca de camping, então pensei que seria ótimo acampar na praia e ainda sairia de graça!...passei na casa dele no caminho e peguei a barraca, não comentei nada com meus pais, porque eles certamente seriam contra.
Cheguei em casa, falei pra mulher colocar as coisas no carro que eu queria curtir o mar ainda hoje, ela parecia não acreditar muito, mais na época ela era bem novinha, mais louca que eu e onde eu quisesse ir ela ía sem fazer muitas perguntas.
Comi um lanche em casa antes de sair, além disso peguei todas as bolachas, doces e salgadinhos que tinha em casa para não precisar comprar nada no caminho, olhei pro filho e ele estava de pijama, não daria tempo de vestir ele nem de dar banho, vai assim mesmo!.. às 13:30 estávamos prontos pra sair de casa!
Eu, o filho e o 147 prontos pra viagem, ainda estou com a camisa do trabalho e fui assim mesmo.
Entramos na estrada!.. uma emoção única, a 1ª vez que eu pegava estrada com um carro meu, a sensação de liberdade era incrível, afinal os carros foram criados pra isso e não para ficarem empacados no trânsito, a mulher ainda não acreditava muito e pensava que fosse mais uma das minhas brincadeiras e que eu pegaria um retorno em algum lugar, mais estava relaxada, ouvindo um CD do Armandinho, que é uma bosta mais tem tudo a ver com praia, eu havia escolhido as músicas estrategicamente para criar um clima, assim ela nem ia reclamar da barraca.
Enquanto ainda estamos nos limites da cidade a estrada é relativamente lisa, porém assim que saímos de Votorantim e entramos em Piedade o carro cai num degrau e a textura da pista muda, como se o carro andasse sobre a brita, preciso manter a velocidade por que os caminhões andam muito rápido nesse trecho, e o pequeno Fiat nem faria cócegas nos pneus deles.
Estávamos na estrada a 40 minutos, próximos a Tapiraí e podíamos avistar o início da serra, agora a mulher acreditava que estávamos indo pra praia, a visão da estrada adentrando a serra é empolgante!
Começava um pequeno chuvisco que nos acompanharia durante todo caminho, os pneus carecas estavam dando conta do recado então aumentei a velocidade, sem paradas vamos chegar o mais rápido possível!
Estava curtindo a estrada, fazia as curvas sem tirar o pé para manter o embalo e manter o câmbio apenas em 3ª e 4ª, já que o câmbio do 147 enrosca e perde tempo para engatar a 2ª.
A estrada estava inexplicavemente vazia, cruzamos quilômetros sem ver ninguém, a mulher estava empolgada pois começávamos a ver bananeiras e isso na mente dela significava que estávamos no caminho certo, quando às 15:40 avistei um rival de época do 147 à frente, um CORCEL GT
Vou pegar esse Corcel!, só havíamos nós 2 na estrada e comecei a caçar o corcelzinho, dois esportivos do final dos anos 70 na serra, cilindradas próximas, 1.3 litro. O motorista do Corcel percebeu minha intenções e começou a acelerar, o Corcel tem mais potência, mais o 147 tem mais estabilidade, o que importava mais naquele trecho de serra, dava tudo do Fiat e ultrapassei o GT, estava na velocidade máxima do 147, que naquela situação devia ser uns 80km/h.
O breve racha fez com que a serra passasse bem rápido, às 16:00 chegávamos em Juquiá, apenas 2 horas depois do início da viagem.
Parei num posto para ir ao banheiro e esfriar o motor, perguntei qual o caminho pra sair de lá e o frentista falou " Pegue a ponte depois da estátua do Pelé!", parece que o Pelé passou por lá e fizeram uma estátua para ele.
Me perdi um pouco por ficar procurando a estátua do pelé e não ver a ponte enorme a minha frente, mais achamos a ponte e pegamos um trechinho de rodovia, e um pedágio no valor de uns 4 reais.
Ás 17:00 horas chegamos em Iguape, finalmente podíamos ver o mar!, que sensação boa!
Barco em Iguape-Sp, voltei lá esse ano e este barco está destruído e vandalizado.
Pagamos mais um pedágio de uns 2 reais e atravessamos a ponte que dá acesso a Ilha Comprida, mesmo com a garoa abrimos todas as janelas para sentir o cheiro do mar, estava o dia mais cinza frio e chuvoso de todo mês de dezembro, mais estávamos inexplicávelmente felizes, no fundo até nós duvidávamos do Fiatzinho.
Achamos uma pousada bem barata, coisa de uns 50 reais pra 2 dias, e não precisamos usar a barraca, era bem simplezinha, mais não ficaríamos lá, só precisávamos de um lugar pra dormir, queríamos era o mar!
Será que tava frio?
Não tivemos surpresas na volta, apenas em um momento que eu errei o caminho e decidi voltar de ré em plena rodovia, afinal eu precisava poupar combustível, já que eu havia gasto todo o meu dinheiro na viagem.
Foram os 150 reais mais bem investidos em toda minha vida.
Cara, que blog legal... Muitas estórias para um motorista só haha
ResponderExcluirBem diferente da maioria dos blogs automotivos.
Vc precisa dar uma melhorada quanto ao layout, design da página e também a gramática (nada tão errado, mas percebi que tem algumas falhas). Coloque sua biografia completa para o leitor saber quem vc é (trabalha em que, formação, quantos anos...) formas de contato (não achei essa opção), opção de anúncio ($$)... mas de resto o blog ta muuito da hora... tem tudo para dar certo, continue assim.
Obrigado pela critica construtiva.
ExcluirDe fato tem algumas falhas de gramática mesmo.
É a primeira vez que tento escrever alguma coisa, vou colocar as formas de contato, realmente está faltando.
Obrigado por acompanhar.
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